08 novembro, 2009

Faro- San Remo- Faro ..............continuação-7


As povoações suçedem-se uma ás outras, mas só temos a verdadeira noção disso quando olhamos para o mapa para saber qual é o nome da próxima, porque na verdade quase não há separação entre elas, tal é a carga de construção desenfreada. Assim uma espécie de Quarteira
gigantesca, que nunca mais acaba, foi com essa a sensação que fiquei, perdoen-me os arquitectos paisagistas portugueses e espanhois que projectaram ou não estes...........sitios!?
Torremolinos depois Málaga, Almuñecar, Motril. O cenário não muda muito, tentamos evitar sempre o centro das povoações, para não perdermos tempo no transito, mas o trajecto na maioria das vezes é por a N-340 alternando com a autovia do V centenário, já nada como a já longinqua estrada que nos trouxe de Sevilha a Marbella, agora o trânsito é a triplicar e obriga-nos a fazer o mesmo com a atenção á condução, um acidente era o que menos queriamos que nos acontecesse, lagarto, lagarto.
Por fim a costa faz uma especie de peninsulazinha, assim mais ao geito do continente indiano mas em ponto pequeno, considerando as montanhas que lhe são sobranceiras uns himalaiazinhos, e ai, na planicie que vai dos sopés ao mar estendem-se até se deixar de ver uma gigantesca mancha de plástico brilhante ao reflectir o sol, que compõe as estufas das plantações de melões e outras das mais variadas espécies horticulas. Um atentado á paisagem e á natureza diria eu, muito embora, já por imensas vezes, tenha também degostado estas iguarias vegetais sem sequer pensar ou me preocupar com o assunto.
É um facto que hoje, ao mesmo tempo que escrevo e passados tantos anos de ter feito esta viagem, sei que a água que era extraida de furos naquela região se tornou salobra impossibilitando o sua anterior função mais básica, o consumo humano e a rega de todas aquela estufas, devido não só á exploração desmesurada mas também á seca prolongada e ao aquecimaneto global que a tem vindo a provocar.
Almeria finalmente no horizonte.

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