01 março, 2009

Faro - San Remo - Faro...............continuação-3


Chegado o dia "D", deviamos estar em finais de Abril inicio de Maio, 07h da manhã, o sol ainda apenas tinha despontado num céu de negro a azul muito claro, e fria, frissíma manhã aquela. O Paulo chegou a minha casa com a vespa carregada (qual camelo de caravana) prontissimo para arrancar, só faltava mesmo o Batata que vinha de Lisboa. Previamos que chegá-se dai a pouco, devia naquela altura já ter uns bons kilometros em cima, pensámos nós, nisto quando toca o telemóvel do Paulo. Era o nosso amigo, tinha um problema mecânico grave que o impossibilitou de se nos juntar em Faro. Ia, segundo ele, encontrar-nos em San Remo apanhando boleia com a malta do Vespa Club de Lisboa que partiam mais tarde, uma vez que as vespas deles nao iam a rolar, mas sim dentro de uma carrinha para as quais tinham alugado.
Decidimos portanto arrancar sem o nosso amigo. A viagem ainda não tinha começado e já havia uma baixa.
E assim demos inicío a esta aventura que foi partir de Faro até San Remo sempre com a costa mediterrânica á nossa direita num dia belissimo embora frio. Rolávamos na casa dos 70km/h, eu á frente, uns metros mais atrás o Paulo que trazia um sorriso de felicidade postado na boca, apesar da ainda gélida temperatura. A vespa do Paulo era verde escura metalizada do tipo british green, das três a menos potente, uma 125cc que comprou a um vizinho ainda em muito mau estado, mas que ainda assim restaurou e cujo resultado foi no minimo excelente.
Cedo nos apercebemos que indo eu á frente, a velocidade do conjunto das duas vespas podia ser optimizada, ou seja, o Paulo, aproveitando o cone de sucção de ar por mim criado (vortex), conseguia subir a velocidade dele para mais uns 5km/h, eu só tinha que o controlar no espelho de modo a não acelerar de mais e assim não descolar dele. Como uma formação de bombardeiros, pensei eu lembrando-me do Batata. E assim fomos até ao final.
Chegámos á ponte sobre o rio Guadiana onde parámos para fazer as ultimas fotografias da praxe em sólo português e nos despedirmos do nosso querido país com um brinde de medronho do Algarve que o Paulo tinha trazido de São Marcos da Serra, (terra encravada na serra algarvia de Monchique) numa garrafinha metálica de bolso. Dai em diante seria com medronho que celebrariamos o final de cada dia.





to be continued ..................................

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